quarta-feira, 26 de junho de 2013

DIREITO DE IR E VIR X MANIFESTAÇÕES

DIREITO DE IR VIR NO TRÂNSITO X MANIFESTAÇÕES





Na nossa Constituição Federal de 1988, vigente há 24 anos, além da garantia dos Direitos Humanos, garantia esta à vida e à dignidade, uma das principais conquistas legais é o direito à liberdade, que também é o direito de ir e vir com autonomia e segurança. Ir e vir significa livre escolha de pensamento, livre escolha de expressão, livre escolha na sua profissão de fé, entre tantas outras liberdades, além da própria liberdade de ir e vir, de se locomover física e geograficamente, quando suas vontades, possibilidades e necessidades assim determinarem. Isto é abençoado e constitucional.

Mas, no meu modesto modo de pensar todos os direitos tem seus limites, inclusive o direito de ir e vir. Digo isto porque no momento atual em que nosso país vive, está acontecendo grandes manifestações populares em busca de mudanças justas e imprescindíveis para a evolução dessa sociedade moderna, e, em alguns casos não estão sendo respeitados esse direito.

Porém, os líderes destes movimentos devem, se é que isso é possível, fazer suas manifestações de forma ordeira e pacífica, principalmente quando se trata de passeata nas avenidas das grandes cidades, aonde vai de encontro o direito de ir e vir das pessoas que transitam com seus automóveis, e, principalmente onde se encontra qualquer tipo de posto de saúde ou hospitais.

Façamos uma reflexão sobre ao direito em tela, se já que temos esse direito, podemos usar como quisermos? Isso seria impossível. Imagina uma cidade como Aracaju, por exemplo, se não tivesse sinais de trânsito onde todos fossem e viessem ao mesmo tempo. Como podemos observar seria uma baderna, uma desordem onde ninguém poderia desfrutar deste magnífico direito. Todo direito tem seu limite.

Digo isso porque ontem (25/06/2013) fui a Aracaju levar duas pessoas com problemas de saúde e ao passar pela Av. Tancredo neves na altura do SENAN, me deparei com vários manifestantes que ocupava a avenida em seus dois sentidos. Andei até o DETRAN acompanhando sem ter como passar. Em certo tempo deste percurso uma criança que ocupava o carro que eu o conduzia começou a passar mal. Falamos por diversas vezes com as pessoas que se diziam líderes do movimento e o que ouvíamos era “nem se eu pudesse poderia fazer nada”. Daí em diante comecei a ficar com raiva por ver a criança cada vez mais gritar desesperadamente e não tinha como fazer nada. Diante desta situação tomei uma rua do conjunto Santa Lucia, com o intuito de poder passar pela multidão, mas, sem sucesso saí quase no mesmo lugar. Ou seja, saí em frente ao DETRAN. Mas a essa altura o protesto já se encontra no Viaduto do Terminal DIA.

Seguindo minha caminhada que teria que chegar ao Bairro Augusto Franco, saindo do DETRAN até o terminal DIA o que se encontrava pela estrada era vários cavaletes e enormes pedras jogadas por vândalos causando um grande engarrafamento. Se não bastasse isso quando cheguei ao na altura do terminal os manifestantes estavam sentados na pista impedindo os carros de passarem para qualquer lado. Nesse momento tive que tomar uma atitude – desci do carro, abri as portas, chamei uma das pessoas que impedia minha passagem para mostrar a situação que se encontrava a criança que estava no carro que eu conduzia. A pessoa apenas me disse – “tenha calma, estou exercendo meu direito”. Nesse momento disse a ele – pois eu também vou exercer o meu direito agora, ou você sai da frente ou será atropelado em nome da vida de quem ao menos chegou a esse mundo e não tem o direito de ser medicado. E, assim, acelerei o carro e passei. Graças a Deus sem nenhum problema para ambas a partes.

Porém, mesmo concordando plenamente, e, faço parte das ideias de todas as manifestações que estão acontecendo nesse maravilhoso País, fica aqui o meu repúdio as pessoas que fazem manifestação sem ideias. Vestem uma camisa de um revolucionário, escrevem frases sem nenhum nexo com as causas, só para atrapalharem ou aparecerem.

Portanto, só para finalizar deixo a célebre frase aos desordeiros - O Nosso direito termina onde começa o do outro.


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